sábado, 23 de fevereiro de 2008

Um tempo ao vento


Desejos são engraçados, vontades são aviltantes aos olhos do outro...
Olhamos...
Quem somos?
Parte de um todo no meio do nada...
Vazio?
Não, até na matemática o conjunto vazio tem subconjunto, sui generis ...
O tempo muda-nos, sem que se aperceba, pessoas vem e vão, amores entram e saem,
Dores intensificam e atenuam-se, uma dicotomia evidente,
na efemeridade dos acontecimentos,
um dia, uma tarde, uma noite, o sol, a lua,
"amo la vita meravigliosa"...
Seria hipócrita, se dissesse que sou feliz hoje,
neste instante,
acho que um misto de felizes instantes,
porque as pessoas enganam, mentem, iludem, usam???
Até nos mesmos fazemos isto connosco...
Sei responder em parte, umas sem perceber que o fazem, outras intencionalmente,
Quanto a usar, isto faz parte, mas um usar sem denegrir, agredir, uma troca,
um escambo, para amarmos sempre desejamos ser amados, é um tipo de usar, de troca,
condição...
Ai pergunto-me pela minha segurança emocional...
Onde estão minhas bonecas, meus peluches, meu medo de escuro ou de olhar debaixo da cama, de "pintinhos" (os filhotes da galinha...hehhehe), meus sonhos de infância, meu colinho na casa da avó, o jeito importante de me olhar do meu avô que deixava-me orgulhosa por apenas existir (de facto "basta existir para ser completo", mas ainda procuro minha existência algures)
meus discos para dançar a frente do espelho solita, belo, belíssima época...
Quero encontrar-me, aceitar minhas imperfeições e o facto de não poder vencer sempre, não ser referência para quem amo.
Quando era bem miúda apaixonei-me por um rapaz do secundário, e nos meus planos ele era meu namorado e sempre brincava, que eu o namorava mas o dia que ele descobrisse terminava comigo, isto era mesmo a pessoa, maluquinha, tola da ideias....
Este foi um entre tantos momentos significativos, não choro por perder, mas pela forma como as vezes não encontro forças para lutar, os improvisos, o plano B, como diz a gestão estratégica, sei tanta teoria, que as vezes na prática perco-me no espaço....
São os risco de viver...

Sem comentários: