"A sensualidade de Bela era mais do que evidente. Ela sabia-o. Os que a rodeavam sentiam e deixavam-se embriagar pela natureza daquela mulher. Durante algum tempo vinha camuflando as suas pulsações de mulher, mas agora, que conhecera alguém que a vinha marcando, queria de novo partilhar aquelas doces emoções femininas, seduzir e ser seduzida, numa arte que ela dominava como ninguém. Voltara a sentir vontade de vestir algumas peças de lingerie que durante algum tempo ficaram no fundo das suas gavetas. Como que de um dia para o outro voltou a olhar para elas e sentiu-se atraída pela ideia de voltar a vestí-las.Teve vontade de agradar e de seduzir. Quando à noite, diante do espelho, escovava os seus longos cabelos castanhos, deixava escapar no ar um aroma de baunilha. Acariciava a sua pele, macia como uma seda rara, e sentia um bem estar único. Nesses momentos, as suas ideias corriam como uma brisa fresca de Primavera, deixando-a relaxada, mas ao mesmo tempo, levemente excitada. Sentia um ardor dentro de si, um pulsar quente e uma vontade de fazer parar o tempo, investindo todas as suas forças naquelas novas emoções. Queria agarrar aquela brisa que vinha-lhe fugindo, queria beber com sofregidão as juras trocadas, sentia-se de novo mulher. Era Bela." Crónica feita por alguém mt especial.... |
Carolzita |
Publicado no Recanto das Letras em 22/08/2006 Código do texto: T222887 |
sexta-feira, 28 de março de 2008
Contos 3
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